Declaração de amor à poesia e aos poetas e retorno de Alejandro Zambra ao romance, Poeta chileno é uma história encantadora sobre família, literatura e paternidade. O protagonista deste romance magnético, Gonzalo, é um aspirante a poeta e padrasto de Vicente, um menino viciado em comida de gatos, que mais tarde vai se recusar a ir à faculdade porque seu sonho é seguir os passos do pai postiço e se tornar também poeta (apesar dos conselhos de sua mãe orgulhosamente solitária, Carla, e de seu pai, León, um tipo duvidoso que se dedica a colecionar carros em miniatura).
O poderoso mito da poesia chilena somos bicampeões na Copa do Mundo de poesia, diz um personagem, referindo-se aos Nobel conquistados por Gabriela Mistral e Pablo Neruda é revisitado e questionado por Pru, uma jornalista estrangeira que se torna testemunha acidental deste áspero e intenso mundo de heróis e impostores literários.
Poeta chileno, que confirma o nome de Zambra como um dos principais narradores do continente, é um romance apaixonante sobre poesia, sobre poetas que desprezam o romance, sobre a América Latina, sobre os labirintos da masculinidade contemporânea (as recalcitrantes, as novas, as que estão em transição), sobre os trágicos vaivéns do amor, sobre famílias modernas e fragmentadas, sobre o desejo de pertencimento e, sobretudo, sobre o sentido de ler e escrever no mundo atual. Fazia tempo que não ria e me emocionava tanto com um livro. Rodrigo Fresán O autor de Bonsai e de outras ficções breves surpreendeu seus leitores com este romance sábio e comovente de mais de quatrocentas páginas sobre uma família não tradicional e os mecanismos da poesia. Jorge Carrión Poeta chileno é um livro encantador e raro, escrito com uma simplicidade e liberdade desconcertantes. Ignacio Echevarría O romance mais extenso de Zambra, o mais chileno e universal, aquele que mais fala de literatura sem ser literário, longe de qualquer grandiloquência. Alejandra Costamagna